SUPERFICIALIDADE X PROFUNDIDADE EM A MARCA NA PAREDE DE VIRGINIA WOOLF

Autores

  • Prila Leliza Calado

Resumo

Este artigo pretende analisar como a escritora inglesa Virginia Woolf, no conto A marca na parede (1917), revela questionamentos existenciais e literários, empregando a técnica narrativa do fluxo da consciência, um dos principais recursos utilizados ao longo do movimento Modernista (1890-1930), que propunha uma ruptura estética com a tradição literária novecentista. Durante um monólogo intimista, a personagem demonstra que os significados das coisas não são únicos, mas múltiplos, exigindo uma constante negociação entre leitor e texto, negociação essa que rompe com a estética realista e estabelece um novo modo de fazer literatura. As contemplações extremamente intensas enredam o leitor numa corrente quase impossível de ser freada, provocada pela visão de uma simples marca na parede, suficiente para desencadear profundas reflexões.

 

DOI: 10.5935/1984-6614.20180025

Referências

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Publicado

2018-12-09

Edição

Seção

O sujeito em sociedade